Recentemente eu fui desafiado pelo destino, e acho que posso dizer que esse "desafio" vai ser um daqueles momentos em que eu pude quebrar a barreira de um preconceito que eu tinha. E quem me ajudou a quebrar essa barreira foi uma pequena cachorrinha que mede uns 30cm, chamada Pucca.
Tudo começou quando minha namorada entrou em um pequeno dilema, pois iria viajar e não tinha com quem deixar a pequena Pucca. E, depois de muito pensar no assunto eu me ofereci para cuidar dela.
Eu tinha um enorme preconceito em relação à Pucca e vivia dizendo que não gostava dela e que ela nem devia ser considerada um cachorro, devido ao seu tamanho. Em minha mente eu sempre tive a ideia de que os bons cachorros eram os grandes e brincalhões, como os labradores. E é claro que eles são ótimos cachorros, mas eu estou aprendendo a enxergar a beleza das outras raças, ao invés de julgá-las sem as conhecer.
Mesmo sempre dizendo que não gostava da pequena Pucca(muitos dizem que não, mas os cachorros entendem sim o que falamos), sempre que eu ia até a casa da minha namorada, ela se aproximava de mim pedindo carinho ou querendo brincar. Geralmente eu evitava atender seus "pedidos", mas um tempo antes da viagem da minha namorada eu decidi dar um pouco mais de atenção para a pequena Pucca, afinal nós passaríamos uma semana juntos.
E finalmente o dia da viagem chegou e eu pude ver a primeira demonstração do imenso amor de Pucca quando sua dona entrou no carro e partiu, e a pequena cadela ficou durante horas olhando através da porta esperando a volta de sua dona.
Após Pucca desistir de ficar esperando na porta eu fui agraciado com o seu companheirismo infinito. Desde então ela está ao meu lado o tempo todo. Quando eu estou em casa e quando eu saio. Quando eu estou acordado ou quando estou dormindo(inclusive, ela briga com a minha mãe quando a mesma tenta me acordar).
E é isso, eu tive que me render ao imenso amor de uma criaturinha tão pequena. E mesmo tendo passado apenas tendo passado apenas 3 dias da estadia da Pucca em minha casa eu posso dizer que hoje eu quebrei mais um dos meus preconceitos e aprendi a retribuir o seu amor. E mesmo após 17 anos de vida eu ainda me pego aprendendo com a frase: nunca julgue um livro pela capa.